O noivo da girafa
A história das confusões vividas por Aparício Boamorte que trabalha no Jardim Zoológico e tem uma girafa como confidente para desabafar as broncas que leva de todas as pessoas com quem se relaciona.
1º rolo: Aparício Boamorte, simplório tratador de animais do Zoológico, vive sendo aporrinhado pelo chefe e por dois colegas relapsos que fogem do batente jogando-lhe nas costas todo o encargo profissional. (281 m)
Rio de Janeiro, Jardim Zoológico.
2º rolo: Nada lhe cheira bem. Na pensão onde mora, “Seu” Gonçalves, o dono, reclama de pagamento. Felizmente, a solteirona Inesita, meio apaixonada por ele, e o Poeta, dado a filósofo mas pianista de cabaré, procuram compreender a sua simplicidade de homem do interior, bem como a menina Aninha e sua irmã Clara, bailarina, filhas do dono da pensão. Carlos, estudante de medicina vagabundo, vive olhando de soslaio para Clara. (267,1 m)
3º rolo: O pai de Aninha, ranzinza, vive implicando com a amizade da filha para com o bondoso Aparício. Dona Emengarda e o marido reclamam, irritados, até mesmo da música cantada por ele. E lhe resta, assim, um amor platônico por Clara e o carinho de uma girafa de pelúcia. Poeta, para consolá-lo, convida-o a se divertir no cabaré onde trabalha. Dá confusão e ordem de prisão. (288,6 m)
4º rolo: Enquanto Aparício está preso, Aninha fica doente e a culpa por sua alergia recai sobre o tratador de animais. Carlos, relapso estudante, confirma o diagnóstico comprometedor e deixa Aparício completamente assustado que decide, então, fazer uma consulta com o veterinário do zoológico. Acidentalmente, porém, o próprio Aparício troca as ampolas para o exame de sangue. (292,7 m)
5º rolo: Aninha confessa para Clara o real motivo de sua alergia enquanto o veterinário descobre no falso sangue de Aparício uma doença mortal. Avisado da sinistra descoberta, o chefe procura poupar o tratador de animais, concedendo-lhe as “últimas” férias. Na pensão, o comportamento dos antigos desafetos muda repentinamente para que Aparício seja cercado de todo o carinho. Inesita, aos choros, comemora seu aniversário. (272,1 m)
6º rolo: Clara dança com Aparício, fingindo não sentir piedade, e “Seu” Gonçalves lhe presta uma homenagem. Carlos, invejoso da nova posição de prestígio de Aparício, provoca briga e quase revela a “fatídica” notícia. Aparício pensa que Clara finalmente se apaixonara por ele e a convida para inúmeros passeios pela cidade. (252,5 m)
Mazzaropi canta “Chuva bendita”.
Rio de Janeiro: Corcovado, Pão-de-Açúcar, bondinho, praia.
Sala de exibição, um faroeste na tela.
7º rolo: Ao ver um filme, ele adormece e sonha ser um pistoleiro do Velho Oeste que rapta a bela corista Clara. Inesita procura demonstrar seu amor. “Seu” Gonçalves arma uma “vaquinha” para o enterro de Aparício que, a esta altura, escreve uma carta de amor para Clara. “Seu” Gonçalves, descobrindo a carta e pensando numa suposta herança de Aparício, convence a filha a casar-se com ele. (269,6 m)
8º rolo: Mesmo a contragosto, Clara aceita o pedido de casamento. Aparício faz terno e Emengarda prepara o vestido da noiva. Os dias passam, Aparício fica cada vez mais forte e o casamento já se aproxima. A tristeza pelo “iminente” falecimento contagia todos os pensionistas enquanto o veterinário finalmente dá conta do erro que cometera. (282,7 m)
9º rolo: Um clima de velório paira sobre a cerimônia de casamento mas tudo de desfaz, antes do “sim”, pela chegada do veterinário e do chefe de Aparício. O antigo desafeto dos pensionistas retorna com toda força. O Poeta e Inesita confortam a solidão de Aparício. Um dia, ele recebe a visita de “seu” Gonçalves que lhe comunica o recebimento de uma vultosa herança de um tio. Aparício, agora milionário, passa a perna no hipócrita dono da pensão e abraça a sincera Inesita. (233,1 m)
Fonte: Cinemateca Brasileira
Elenco
Amácio Mazzaropi (Aparício) • Glauce Rocha (Inesita) • Roberto Duval (Poeta) • Nieta Junqueira (Xantipa) • Manoel Vieira • Celeneh Costa • Francisco Dantas • Palmerim Silva • Arnaldo Montel • Benito Rodrigues • Joyce de Oliveira • Pachequinho • Armando Nascimento • Yára (sic) • Carlos Duval • Walter Moreno • Ferreira Leite • Waldir Maia • a menina Véra (sic) Lucia (Aninha)
comédia, ficção; 92 minutos; censura livre
Cia. Produtora: Cinedistri, Cinelândia Filmes
Direção: Victor Lima
Assistente de direção: Oscar Nelson
Argumento e roteiro: Victor Lima
Baseado em história de Araldo Morgantini
Diretor de fotografia: Hélio Barrozo Netto
Assistente de câmera: Hélio Costa
Produção: Oswaldo Massaini
Produtor Associado: Alípio Ramos, Eurides Ramos
Diretor de produção: Alipio Ramos
Assistente de produção: João Macedo
Engenheiro de som: Marcelo Barbosa
Assistente: Paulo Roberto
Montagem/corte: Helio Barrozo Neto
Eletricista: Oswaldo Alves
Maquilagem: Eric Rzpecki
Música: Radamés Gnatalli
Canções: “Cabra Chico”, de José Luiz, Vivaldo Medeiros e Juca; “A saudade ficou”, versos de Alipio Ramos, música N.N.; “Chuva bendita”, de Elpídio dos Santos e Conde
Estúdio filmagem: Estúdio cinematográfico da TV-Rio
regravação, mixagem: Estúdio da Vera Cruz, São Bernardo do Campo, SP
Laboratório imagem: Rex Filme – São Paulo
Sistema cor: b x p
Filmado em: 35mm; em 24 q
Metragem: 2.449,4 m
Local de produção: São Paulo, SP
Ano de produção: 1957