Meu Japão brasileiro
O filme mostra um Jeca quase urbano, com muita ação e a cultura japonesa pontuando tudo.
1º rolo: Em uma comunidade nipobrasileira, um pequeno agricultor de nome Fofuca enfrenta a exploração comercial de “seu” Leão, intermediário das transações agrícolas, cujos filhos possuem comportamentos díspares: Roberto acoberta as tramoias do pai e Mário, pacato noivo de Sônia, vem se enamorando de uma nissei. Dona Magnólia, esposa de Fofuca, cuida de uma pensão e reclama da vida com a professora local. (269,2 m)
(Ambiente rural, vilarejo, estrada de terra, escola rural, praça pública, igreja, armazém, pensão. Caminhões, cavalos. Japoneses.)
2º rolo: Fofuca, indignado, arregimenta os imigrantes visando a formação de uma cooperativa agrícola. Em casa de Leão, Mário se indispõe contra a noiva e contra os métodos desonestos da família. Com festividade e discurso, a cooperativa é inaugurada sob o olhar traiçoeiro de capangas de Leão. (286,1 m)
(Pensão. Casa de fazenda: jardins, sala. Cooperativa, banda de música.)
3º rolo: Dona Inácia, esposa de Leão, apoia a iniciativa dos pequenos agricultores enquanto seu marido ordena uma ação drástica contra eles. Mário defende Fofuca; o padre e o prefeito intervêm a favor da comunidade. A demora na legalização da cooperativa provoca clima de desespero. (245,6 m)
(Estrada de terra, cavalos. Casa de fazenda: jardins. Quadrilha – dança – 40 m. Cooperativa. Vilarejo, igreja. Automóvel antigo.)
4º rolo: Fofuca propõe um “mutirão” para a venda direta dos produtos na cidade. Leão e seus capangas, enquanto o padre procura uma autoridade que resolva o impasse, decidem vingar-se assassinando Dona Magnólia. (252,5 m)
(Estrada de terra, carroças, charretes. Mazzaropi canta “Ingratidão” no início do rolo. Campina. Escola rural. Vilarejo, praça pública. Delegacia (?). Célia Watanabe dubla “Canção das flores” – 162 m. Pensão. Japoneses.)
5º rolo: Leão se defende com veemência da acusação de crime. Dona Inácia se encarrega da transmissão da má notícia a Fofuca. Mário descobre, porém, que tudo faz parte de um estratagema: Magnólia fora apenas raptada. Mais tranquilo, Fofuca e o filho Paulo, recém-chegado da cidade, decidem manter a farsa acompanhando o falso féretro. (284,4 m)
(Pensão. Delegacia, delegado, soldados. Vilarejo, igreja. Ônibus. Japoneses. Casa simples: sala.)
6º rolo: Fofuca com rapidez localiza Magnólia; astuciosamente embriaga o capanga de Leão mas ao tentar libertar a mulher acaba preso com ela no fundo de um poço. Avisados por Zezinho, filho caçula do casal, Mário e Paulo resolvem a situação, libertando-os. (281,6 m)
(Vilarejo, igreja, enterro. Automóvel antigo. Campina. Celeiro, fazenda.)
7º rolo: Enquanto Magnólia permanece escondida em sua própria casa, Fofuca rebate os ataques amorosos da professora. Leão enfrenta a ira da esposa e do filho Mário que comunica seu casamento com a nissei. Fofuca, por tramóia de Leão, é desalojado de sua propriedade. (294,1 m)
(Celeiro, galpão, fazenda. Casa de fazenda: varanda, sala. Casa simples: sala. Pensão. Cavalos, automóvel antigo. Padre. Japoneses. Carro de boi.)
8º rolo: Fofuca, com o auxílio dos imigrantes, é acolhido na comunidade. Roberto, ao tentar fazer mal à noiva de Mário, recebe uma surra dos japoneses e finge ter sido atacado de maneira desonesta. Leão, raivoso, ordena novos ataques. A tentativa de assassinato contra o padre faz com que a culpa recaia sobre um grupo de japoneses. A população do vilarejo, convencida e indignada, começa a discriminar os imigrantes. (275,5 m)
(Vilarejo, igreja. Campina, canavial. Cooperativa. Automóvel antigo.)
9º rolo: O padre se restabelece e procura auxiliar os injustiçados. Leão decide interromper o casamento do filho aproveitando-se da confusão ainda vigente: a aldeia japonesa é incendiada durante cerimônia típica à qual Fofuca, padrinho dos noivos, comparece vestido a caráter. (254,5 m)
(Casa paroquial: quarto. Automóvel antigo. Vilarejo, igreja. Prefeito. Casa de fazenda: sala. Casa simples: quarto. Cerimônia budista (?) de casamento. Cerimoniais japoneses.)
10º rolo: Fofuca, em meio às cerimônias, procura acalmar a população atiçada por Leão. A aparição de Magnólia, que acusa o vilão, inverte a supremacia dos capangas logo capturados pela população. Roberto e Leão são capturados por Fofuca e Paulo. O delegado, convocado pelo prefeito, se encarrega de resolver de vez a situação local nomeando Fofuca para o antigo posto de Leão. (271,1 m)
(Casa simples: quarto. Incêndio. Cerimoniais japoneses. Automóvel antigo.)
Fonte: Cinemateca Brasileira
Elenco
Amácio Mazzaropi (Fofuca) • Geny Prado (Magnólia) • Célia Watanabe (nissei) • Zilda Cardoso (professora) • Carlos Garcia • Reynaldo Martini • Adriano Stuart • Elk Alves • Francisco Gomes • Judith Barbosa • Bob Junior • Ivone Hirata • Luiz Tokio • Luiza Yoshigumi • o menino João Batista de Souza • Maria Helena A. Corrêa • Agostinho Ribeiro • Luiz Carlos Antunes • Francisco Bayo • Denise Duval • Armando Raquino • Cley Militello • Durvalino S. de Souza • Cleide Binoto • Rosalvo Caçador • Luiz Rossini • Nelson Pio • Waldemar Salgado • Araif David • Massaqui Watanabe • Antonio Kazuo • Akira Matsuyama • Aristide Marques • Cleusa Maria • Humberto Militello
Comédia, ficção; 102 minutos; censura livre
Cia. Produtora: PAM Filmes (Taubaté, SP)
Direção: Glauco Mirko Laurelli
Argumento: Gentil Rodrigues
Roteiro: Amácio Mazzaropi
Direção de Fotografia: Rodolfo Icsey
Câmera: Geraldo Gabriel
Foco: Rosalvo Caçador, Marcelo Primavera, Oswaldo de Oliveira
Assistentes: Carlos Garcia, Cláudio Maria
Produção: Amácio Mazzaropi
Engenheiro de som: Ernest Hack
Técnico de som: Juarez Dagoberto Costa
Montagem: Glauco Mirko Laurelli
Eletricista: Waldomiro Reis
Maquilagem: Maury Viveiros
Música: Hector Lagna Fietta
Canção: “Assim é a quadrilha”, de Mário Zan e Messias Garcia, canta Mazzaropi; “Ingratidão”, de Elpídio dos Santos, canta Mazzaropi; “Canção das flores”, de Heitor Carillo, canta Rosa Pardini
Continuista: José Cardoso
Estúdio de filmagem: Cia. Cinematográfica Vera Cruz (São Bernardo do Campo, SP)
Laboratório de imagem: Rex Filme S. A.
Sistema or: Eastmancolor – técnico Oswaldo Cruz
Metragem: 2.714,6m
Filmado em: 35mm; em 24 q
Local da produção: São Paulo, SP
Ano de produção: 1964
Titulagem: Roberto Miller, Regis Chieregatti